N A D A A V E R
(com você)
Sei
que terei, dentro de mais algum tempo, milhares de anos pra ficar com o corpo na
horizontal, mas sinto uma vontade preguiçosa de não fazer nada e me entrego ao
prazer de continuar deitada, entediada, sem nada fazer.
Zumbidos
de pernilongos incomodam meus ouvidos e eu fico tentada a me levantar, mas
acabo cobrindo a cabeça, pra enganar meus sentidos, e continuo deitada, fazendo
coisíssima alguma enquanto milhares de pessoas morrem pelo mundo afora, às
vezes... por causa de nada.
Enquanto
eu “morro” de preguiça tem gente que, literalmente, morre de fome. Alguns
morrem de sede e outros, pelo excesso de bebida. Há os que pagam caro pra não
morrer como há, também, os que morrem de graça.
Morre-se,
hoje, por qualquer motivo, mas não se morre mais de tifo como se morria
antigamente.
Talvez,
por pura maldade, o povo hoje morre é de AIDS, muito embora sem saber que esse
vírus notório, o tal do HIV, é fruto de laboratório.
Mas
contra os que USAm e abUSAm o que eu, que nem valho tanto,
posso fazer?
Nada!
Será que alguém há de concordar que as pessoas hoje estão morrendo - sem falar em plásticas - com a aparência mais nova?
Minha
avó aos 75 anos, quando morreu, parecia ser duas vezes mais velha que minha mãe
quando completou a mesma idade este ano, antes de ir pro andar de cima.
É... porque nem todos morrem!
Uns
esticam as canelas enquanto outros vão pro saco. Tem os que viram presunto e
outros, dizem por aí, que até vestem paletó de madeira!
Isso,
se tratar de simples mortais porque pessoas ilustres ou artistas famosos viram
anjos ou estrelas e vão para o cosmo aumentar o brilho das constelações que
iluminam e embelezam a nossa esfera celeste...
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