sábado, 11 de abril de 2015
Morre no Rio de Janeiro a crítica teatral Barbara Heliodora aos 91 anos
Morre a crítica teatral Barbara Heliodora, aos 91 anos, no Rio. Na foto: A ensaísta e crítica de teatro Bárbara Heliodora grava depoimento de sua vida no MIS, com a presença de artistas e pesquisadores.
Nascida no Rio de Janeiro, no dia 29 de agosto de 1923, Barbara estreou na imprensa em 1944, em O Jornal. Na época ainda assinava com seu nome de batismo: Heliodora Carneiro de Mendonça Bueno.
Em 1972, escreveu "Algumas reflexões sobre o teatro brasileiro" e em 1975, como acadêmica da USP, defendeu a tese de doutorado "A expressão dramática do homem político em Shakespeare"
Em 2000, a convite da Academia Brasileira de Letras, escreveu "Martins Pena, uma introdução", sobre um dos pioneira da comédia de costumes no Brasil. Em 2004, lançou uma coletânea de ensaios: "Reflexões Shakespearianas". E em 2005, escreveu "Brasil, Palco e Paixão" - Um século de Teatro", junto com outros quatro autores.
Barbara também escreveu o livro 'Caminhos do teatro ocidental', lançado em 2013, fruto de quase 20 anos de trabalho (de 1966 a 1985) como professora de história da dramaturgia no antigo Conservatório de Teatro, atual curso de teatro da UniRio.
Em 2014, lançou "Shakespeare: o que as peças contam — Tudo o que você precisa saber para descobrir e amar a obra do maior dramaturgo de todos os tempos".
No dia 24 de setembro de 2014, a Medalha do Mérito Cesgranrio foi concedida a Bárbara Heliodora, que era membro do Conselho de Cultura da Cesgranrio. A maior comenda da instituição é concedida para homenagear personalidades que se destacam por relevantes serviços prestados à educação e cultura do Brasil.
Barbara trabalhou de 1958 a 1964 no Jornal do Brasil, onde assinou uma coluna especializada em teatro, no suplemento dominical.
Em 2013, anunciou o fim de sua carreira como crítica no Rio de Janeiro. Estudiosa da obra de William Shakespeare, traduziu algumas das peças do dramaturgo para o português e lecionou na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde era professora emérita. Foi condecorada pelo Ministério da Cultura da França com a Ordre des Arts et des Lettres e, no Brasil, pela Academia Brasileira de Letras, conquistando a medalha João Ribeiro.
Foto: Vanor Correia/ GERJ
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