quinta-feira, 26 de março de 2015

ZÉ BONITINHO FICA MAIS LINDO NO CÉU

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Análise: Zé Bonitinho encarnou com maestria a vingança dos mais fracos

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Jorge Loredo, morto nesta quinta (26) aos 89 anos, dizia que seus grandes ídolos na comédia eram Chaplin, Buster Keaton e os Irmãos Marx. Mas a maior criação do comediante - Zé Bonitinho, o feioso de topete de Gumex que vivia penteando as sobrancelhas com um pente de meio metro e cercado de belas mulheres - deve muito à comédia italiana de Totò e às chanchadas de Oscarito e Grande Otelo.
É impossível ver Zé Bonitinho, "o perigote das mulheres", em ação e não lembrar Totò (1898-1967), o cômico italiano que, em mais de 100 filmes, encarnou o estereótipo do napolitano pobre, feio e malandro, que usava a esperteza e cara de pau para se dar bem e vivia às turras com os italianos "ricos" do norte do país.
Também é nítida, na criação de Zé Bonitinho, a influência de nossas chanchadas dos anos 1940 e 50. É só lembrar Oscarito (1906-1970) de peruca "Príncipe Valente", encarnando Romeu, e Grande Otelo (1915-1993), de longas tranças louras, interpretando Julieta em "Carnaval no Fogo" (1949), de Watson Macedo.
De certa forma, todos esses personagens simbolizavam uma reação e sátira à "sofisticação", como se os comediantes assumissem a própria pobreza e esculacho, mas nunca fazendo deles motivo de ressentimento. Era só uma forma divertida e anárquica de brincar com as diferenças sociais e culturais.
Para criar Zé Bonitinho, uma das inspirações de Loredo foi um garçom de uma pensão que frequentava. Dizia o comediante que o sujeito, feio de doer, se achava o maior galã do pedaço e vivia louvando a própria beleza e seus dotes de Don Juan. Loredo transformou o personagem num palhaço, exagerando suas feições, falando frases em inglês inventado e criando bordões imortais, como "Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha voz!".
A comédia é a vingança dos mais fracos. Se não pode vencê-los, satirize-os, faça troça da beleza e perfeição. Nisso, Zé Bonitinho foi mestre. Era um feioso que acreditava ser lindo e agia como um Rodolfo Valentino do subúrbio. O público achava graça de sua empáfia caricata.
Mas Zé Bonitinho não foi a única criação importante de Jorge Loredo. Como esquecer o mendigo My Lord, que falava português com sotaque britânico, usava um monóculo e fumava um cotoco de charuto enquanto relatava suas andanças pelo "high society" e seus encontros com celebridades? My Lord foi outro anti-herói tragicômico encarnado por Loredo, um personagem que conseguia transformar pobreza em graça.

quinta-feira, 19 de março de 2015

LIÇÕES DE VIDA POR UM SENHOR DE 90 ANOS.


45 Lições de Vida, escritas por um Senhor de 90 anos!

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Em caso de dúvida, simplesmente dê o próximo passo.
3. A vida é curta demais pra não se aproveitar dela.
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando estiver doente. Sua família e amigos irão.
5. Não compre coisas que não precisa.
6. Você não precisa vencer todas as discussões. Apenas se mantenha honesto consigo mesmo.
7. Chore acompanhado. É mais edificante que chorar sozinho.
8. Tudo bem ter raiva de Deus. Ele aguenta.
9. Economize para coisas que importam.
10. Quando o assunto é chocolate, resistir é inútil.
11. Faça as pazes com o passado para não cagar o presente.
12. Tudo bem se seus filhos te virem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. O caminho deles é diferente do seu.
14. Se um relacionamento precisa ser secreto, você não deveria estar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos, mas não se preocupe, Deus não pisca.
16. Respire fundo. Fazer isso acalma a mente.
17. Se livre de tudo que não for útil. Peso extra te atrasa de muitas maneiras.
18. O que não te mata te fortalece, de verdade.
19. Nunca é tarde demais pra ser feliz, mas isso é responsabilidade sua e de mais ninguém.
20. Quando o assunto é perseguir os amores da sua vida, não aceite não como resposta.
21. Queime  os incensos, use seus melhores lençóis, use roupas íntimas extravagantes. Não guarde essas coisas pra uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante, mas quando começar, vá com a onda.
23. Faça loucuras agora mesmo. Não espere ficar velho para vestir púrpura.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém está na chefia da sua felicidade além de você mesmo.
26. Etiquete cada coisa que chamarem de desastre com o rótulo “Isso vai importar daqui a cinco anos?”
27. Sempre escolha viver.
28. Perdoe, mas não esqueça.
29. O que as outras pessoas pensam não te interessa.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
31. Não importa se uma situação é boa ou ruim, ela vai mudar.
32. Não se leve tão a sério. Ninguém leva.
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama porque é Deus, não por causa daquilo que você fez ou não fez.
35. Faça o que der pra ser feito agora, agora e não depois, e o que sobrar faça depois.
36. Seus filhos terão apenas uma infância.
37. Ficar velho é melhor que a outra alternativa – morrer jovem.
38. O que mais importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Milagres esperam em todos os lugares.
40. Se todos nós jogássemos nossos problemas numa pilha, veríamos os problemas dos outros e pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Aceite o que você já tem, não aquilo que você acha que precisa.
42. O melhor ainda vai aparecer…
43. Não importa como você está se sentindo, se levante, se arrume e compareça.
44. Produza.
45. A vida não vem enrolada com um laço de fita, mas ainda é um presente.

segunda-feira, 9 de março de 2015

INEZITA BARROSO FOI VELADA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO.




terça-feira, 10 de março de 2015


ENEZITA BARROSO FOI VELADA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO

 Morreu na noite de domingo (8), a cantora e apresentadora Inezita Barroso, que por quase 35 anos comandou o programa “Viola, Minha Viola”, na TV Cultura. Inezita estava internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.






 Corpo de Inezita Barroso é velado em São Paulo

Amigos e familiares de Inezita Barroso se reuniram nesta segunda-feira, 9, na Assembleia Legislativa de São Paulo, para o velório da cantora e apresentadora, que morreu na noite de domingo, 8, aos 90 anos, deixando uma filha, Marta Barroso, três netas e cinco bisnetos. Inezita estava internada no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o último dia 19, e morreu devido a insuficiência respiratória aguda. 
O Governador Geraldo Alckmin  no velório

O velório foi aberto ao público às 8h30 e foi concluído por volta das 15h30, quando o caixão foi fechado.

 O corpo de Inezita foi levado em cortejo até o cemitério Gethsêmani, no Morumbi, Zona Sul da cidade e o enterro foi às 17h.
História da estrela Inezita Barroso


























Paulistana da Barra Funda, onde nasceu Ignez Magdalena Aranha de Lima em 1925, Inezita cairia de amores pela música caipira já na infância, a partir das viagens à fazenda da família, no interior paulista. O aprendizado musical teve início cedo para Inezita. Aos 7 anos, ela já cantava e estudava violão. Aos 11, aprendeu a tocar piano. Já a carreira musical começou depois dos 20 anos, na década de 1950, durante um recital no Teatro Santa Isabel, no centro da capital pernambucana. A apresentação levaria Inezita a assinar contrato com a Rádio Clube do Recife. Era apenas o início de uma longa e prolífica carreira artística - que teria no programa da TV Cultura um de seus pontos mais marcantes.
Apresentadora - Inicialmente uma convidada fixa do Viola, Minha Viola, Inezita conquistou o público com seu carisma logo em suas primeiras participações. No terceiro mês de vida do programa, em agosto de 1980, ela já ocupava o posto de apresentadora. Durante suas mais de 1.500 edições, o Viola Minha, Viola se firmou como uma peça essencial na valorização e até mesmo no registro histórico da música e do folclore caipiras e da moda de viola. No palco comandado com desenvoltura por Inezita, passaram os principais nomes do sertanejo, como Tonico e Tinoco, Milionário e José Rico, Chitãozinho & Xororó, Pena Branca e Xavantinho, Almir Sater, Sergio Reis, entre muitos outros.
A grande contribuição de Inezita para a cultura brasileira à frente do Viola, Minha Viola, porém, é apenas uma faceta da trajetória de mais de 60 anos da artista. Cantora, acadêmica, atriz e apresentadora, ela dedicou sua vida à música caipira e nunca parou de produzir. Dona de um vozeirão marcante, gravou mais de 80 discos na carreira e recebeu inúmeras honrarias, incluindo o Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2010, em reconhecimento à importância de sua obra. Entre seus maiores sucessos estão Moda da Pinga, Lampião de Gás e Ronda.
Como atriz, esteve principalmente em filmes dos anos 1950, vencendo o Prêmio Saci pela atuação emMulher de Verdade (1954). Com vocação para o pioneirismo, participou da transmissão inaugural da TV Tupi, emissora na qual apresentou diversos programas. A partir de 1954 passou a se apresentar na TV Record, onde entrou como primeira cantora contratada.
Da formação em Biblioteconomia pela USP (Universidade de São Paulo), ela emprestaria as técnicas de pesquisa e catalogação que fariam dela uma grande estudiosa da música e do folclore caipiras. Inezita percorreu o interior do país por conta própria, registrando histórias e canções. Por seu trabalho, recebeu o título de doutora Honoris Causa em Folclore pela Universidade de Lisboa.
Foto: Eduardo Almeida e Roberto Navarro/ Alesp