quinta-feira, 17 de novembro de 2016

RELEMBRANDO TELÊ














Os clubes de futebol oferecem milhões de dólares por jogadores que despontam de repente. Dinheiro jogado fora, a considerar o conceito de um dos melhores técnicos que o Brasil teve na história: Telê Santana da Silva. Ele foi o pioneiro, no Brasil, dos CTs (Centros de Treinamento). Quando treinava o São Paulo, Telê acompanhou a construção do CT e ganhou um apartamento para morar lá. Quando não estava cuidando dos profissionais, ficava de uma janelinha do AP observando os garotos. Tinha um olho impressionante para separar o joio do trigo. Para ter descoberto tantos jogadores de seleção, deve ter sido ele, também, o autor da descoberta das peneiradas, hoje usada por todos os grandes clubes para ‘achar’ bons jogadores novos. Deixou o filho, Renê Santana, que começou a carreira de técnico, mas sumiu até de onde não deveria, num dia especial em que também os desportistas deveriam ser mais solidários com aquele que descobrira Cerezzo, Zetti, Raí o irmão dele, Sócrates, Éder Aleixo e tantos outros. Mas o futebol é mesmo solidário somente no momento. O tempo passa e apaga memórias que não deveriam. Ultimamente o desporto brasileiro tem perdido grandes nomes, como o “Capita” (Carlos Alberto Torres, capitão da seleção campeã do mundo em 1970). Recebera homenagens póstumas por uma semana, em todo Brasil. Agora, em Belo Horizonte, uma das pioneiras dos estádios de futebol: Valéria Leite Bastos, filha de Kafunga, que ela vivia acompanhando, se despediu nesta quinta-feira. O sepultamento do corpo dela será no Parque da Colina, às 11 horas da manhã de sexta-feira, em BH. Valéria Leite Bastos lutava contra um câncer. O velório a partir da manhã do dia do enterro, onde descansam os ossos de Telê, jogador e técnico de grandes clubes do país, e esquecido de todos.



PARA RECORDAR:
*Olavo Leite Bastos, o Kafunga, jogou no Atlético de 1935 a 1954, com uma breve passagem pelo Asas, no final da carreira.
Num clube que teve goleiros como João Leite, Taffarel, Mussula, Veloso, Renato, Luis Péres, Mazurca, Sinval e tantos outros, Kafunga foi sem dúvida o maior de todos.
Além de goleiro, passou vários anos depois que parou de jogar pelo cargo de gerente, chegando a ser treinador tapa buraco.
Virou comentarista esportivo e teve uma sobrevida fantástica no rádio e na televisão.
*da Coluna do Emanuel Carneio - (Internet) 

PS - Foi também vereador.









Fotos: Cemitério Parque da Colina, Dia De Finados, 02 de novembro de 2016.  

                          Fotografia: Claudio Ramos

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